Maternidade Consciente

São tantas mudanças que envolvem o processo de Ser Mãe...

Mudanças físicas, hormonais, emocionais... É como um renascimento, onde nada jamais será como antes.

Tendo sido desejada, planejada ou não, os impactos são grandes. Hoje entendo um pouco mais sobre o tempo da gestação e sua necessidade. São longos nove meses vivenciando diariamente alterações no corpo e, principalmente no foco. Os interesses mudam, os programas, as dúvidas e até projetos e sonhos.

Feliz é a mulher que se envolve e se entrega totalmente nesse processo, pois trata-se de um momento muito rico de autoconhecimento. Nesse sentido, maternidade consciente é uma oportunidade de se rever como filha, como amiga, como ser humano... É a busca pelo sentido mais profundo do arquétipo materno, é também um momento de muita cura e um portal aberto para o mais puro amor. O crescimento é lento e gradativo, envolvendo alegrias, medos e muitos mistérios, afinal, trata-se da chegada de uma nova vida e assim, também duplicada a responsabilidade... Já não se viverá só por si, em breve, aquele pequeno ser se tornará parte fundamental de nós mesmas.
Nessa nova caminhada e encontro, o que parecem pequenos detalhes poderão ser fatores fundamentais para o fortalecimento dos laços e da troca afetiva entre o bebê e os que o cercam, especialmente a futura

mamãe.

 

O parto humanizado

Esse conceito não se trata somente de alguns procedimentos utilizados na hora do nascimento.É antes de tudo, um real envolvimento com o processo de parir, de vivenciar essa experiência, levando em consideração aspectos sociais, culturais, psíquicos, emocionais e espirituais. O parto humanizado valoriza a gestação como um fluxo natural e acredita e respeita sua fisiologia, devolvendo o protagonismo à mulher, dando lhe o direito a informação e livre escolha a partir disso.

Agora sim, algumas práticas que estão envolvidas nesse processo de humanização:

- Acompanhamento familiar visando suprir também as necessidades emocionais da parturiente;

- Ter conhecimento de todas as opções de escolha baseadas no acompanhamento pré-natal;

- Utilização de intervenções médicas, somente quando necessárias ou por escolha da mulher, quando bem orientada em relação a isso;

- Liberdade de movimentação durante o trabalho de parto;

- Direito a um acompanhante durante o parto;

- Liberdade de escolha da posição ao parir;

- Presença do bebê junto à mãe após o parto, inclusive na realização dos procedimentos imediatos ao nascimento;

- Incentivo ao aleitamento materno e em livre demanda, ainda na primeira meia hora de vida do recém-nascido.

"A mãe só precisa do direito de ser natural"